sábado, 27 de abril de 2013

26.4.13




26.04.13



Hoje minha pequena Beatriz faz 3 anos de idade.

Eu nunca havia sentido o tipo e intensidade de amor que sinto por essa 

pequenina e, agora também pelo seu irmãozinho. 

O amor da paternidade e maternidade é realmente muito diferente, 

 algo 100% divino...

Seu nome foi escolhido há muitos anos atrás, quando ainda adolescentes, 

eu e minha esposa nos emocionávamos ouvindo o 

Milton cantar talvez a mais bela canção da parceira Chico e Edu, Beatriz. 

Canção esta baseada na narrativa do enigmático Dante

Alighieri, em que o anjo que o guiava pelo céu de A Divina Comédia era ela, 

Beatriz.

Em nossa família não foi diferente. 

Após uma terrível perda, Beatriz foi nosso anjo que

 nos trouxe novamente à superfície para respirarmos.

Seria muita ousadia fazer outra canção chamada Beatriz, 

mas me arrisquei compondo “Bia”, para minha amada filhinha.

Divido com vocês pelo link http://www.youtube.com/watch?v=AbhPwU9zxRE


sexta-feira, 19 de abril de 2013

Mangalarga Marchador



Talvez você, leitor, tenha se interessando por esses textos porque gosta do tipo de música, ou  algum amigo indicou o blog lembrando de você que é uma pessoa do campo, ou é conhecido da minha mãe e está lendo só por consideração... Enfim, fico agradecido em todas as possibilidades!

Você estava achando os textos legais mas começou a ver esse bla-bla-blá de cavalos e mangalarga marchador, e começou a ficar entediado com o assunto.

Quero te contextualizar.  Essa é uma raça de cavalos 100% brasileira oriunda do sul do estado de Minas Gerais. São cavalos fortes, não muito altos nem muito baixos, mas que tem por principal característica um andar extremamente cômodo para o cavaleiro justamente porque seu andar é marchado, e não trotado

Longe de mim transformar isso num texto técnico sobre tipo de andamentos, mas resumindo: a marcha é um movimento em tempos diferentes das patas do cavalo que o fazem ser macio à montada, diferentemente do trote, que nos soca na sela! 

Tanto que a equitação clássica ensina o trote elevado, que é uma técnica de se  levantar ritmicamente da sela para não sentir o impacto do trote.


Logo, uma imagem vale mais que mil palavras. 

Deixo para vocês um comparativo visual. Vejam um cavalo de trote sendo equitado sem o recurso do trote elevado em
 e imaginem-se fazendo um percurso de pelo menos 30 minutos no lombo desse assassino – ainda que um belo animal.



Depois, injustamente, conheçam o avião Romeiro da Today! Um legítimo mangalarga marchador! Observem como o cavaleiro tem quase nenhum atrito  com a sela! Você anda 50Km num dia sem sentir qualquer dor!






Dá ou não vontade de experimentar?

Para os mais interessados, sugiro o site da Associação Brasileira dos Criadores
do Cavalo Mangalarga Marchador, fuçar pelo Youtube ou, o melhor de todos, convidar um amigo que tenha cavalos desses a fazer uma  boa cavalgada (test ride)!  

Estou à disposição de todos!!







quinta-feira, 18 de abril de 2013


CD "Cavalo do Tempo"


Se você quiser adquirir o CD "Cavalo do Tempo" encaminhe seu pedido para :

contato.arlindolima@gmail.com




terça-feira, 16 de abril de 2013


As Ronaldas


Cada compositor tem um “jeitão” de fazer a criança nascer.

Uns criam tudo junto, letra e música. 

Outros fazem isso por partes. 

Nesse processo eu sou escravo da música. Quando a música nasce 

(geralmente são partos laboriosos) ela já me diz o que a letra cantará.

Para compor AS RONALDAS foi o contrário.

Sempre admirei os letristas das clássicas modas de viola com suas histórias 

compridas e de desfechos surpreendentes, aproveitando cada sílaba e tecendo 

um texto claro e conciso. 

Desafiei a mim mesmo a compor uma “modona” dessas.

À moda antiga.

Como em quase todas as minhas composições, conversei com a minha 

esposa sobre a ideia.

 Pensamos em vários possíveis enredos e aí lembramos de um fato engraçado:

Na primeira gravidez da minha esposa, antes de sabermos o sexo do bebê, 

meu  amigo Alexandre Robles sai com essa:

 “Sonhei que o bebê era uma menina e vocês a batizavam de Ronalda!”.

Minha esposa de voleio respondeu: 

"Seria mais fácil nascer uma mula no nosso sítio 

com esse nome do que a minha filha!” 

Quero deixar claro que não tenho nada contra 

o belo nome Ronalda, inclusive não me sinto no direito de zombar do nome de 

ninguém, afinal de contas, Arlindo também não é um nome que os atuais 

cartorários estejam habituados a ouvir da boca dos pais 

no momento do registro! 

Bem, se alguma leitora se chama Ronalda ou pior, tem uma filha 

chamada Ronalda está com raiva de mim pela canção, quero que se sinta vingada: 

os Mamonas Assinas já gravaram “Uma Arlinda mulher”, 

um tremendo sucesso no Brasil inteiro nos anos 90. 

Ouça no youtube e ria de mim à vontade.

Mas voltemos à composição de AS RONALDAS. 

Após um tempo bolando a estória, 

escrevi e re-escrevi a letra um monte de vezes 

até a métrica bater e o enredo fluir. 

Foi interessante revisar algumas datas e conferir se eram contemporâneas,

pois a narrativa acontecia no tempo da guerra do Paraguai,

da fundação da cidade natal dos meus pais, Itaperuna-RJ, 

e do início e apogeu da feira de muares e equinos que 

acontecia em Sorocaba-SP, parada obrigatória dos bandeirantes 

de todo o sul e sudeste brasileiro. 

Só depois criei a melodia.

Assim nasceu a canção de um tropeiro fluminense,

que foi a procura de uma mula na feira de Sorocaba e acabou se apaixonando 

pela donzela Ronalda, que era homônima 

da besta teimosa e empacadeira que o tropeiro comprou.

Gostei do resultado e quero continuar compondo canções nesse estilo. 

Se você sabe algum “causo” bom que possa virar uma “modona”, compartilha 

comigo? Pode ser que eu consiga transformá-lo em música!  : ) 

Cavalo do Tempo



Este foi o 5º CD de composições próprias que gravei, mas parece 

que é o primeiro por ter sido com certeza um recomeço, uma nova 

página. Não desmerecendo os outros trabalhos, mas parece que 

todos eles foram um grande preparativo para este momento. E posso 

explicar o porquê.

Em primeiro lugar, Cavalo do Tempo me traz de volta à minha raiz, 

o campo. Todos os meus ancestrais foram produtores rurais. Na 

minha infância acompanhei meu pai, meu ídolo, com suas atividades 

na fazenda de gado de corte, mas principalmente na criação de 

cavalos mangalarga marchador, e isso tudo me fascinava. Meu pai 

não deixou que eu me apaixonasse pela terra ao ponto de abandonar 

os estudos, como ele fez, mas o tempo se encarregou de me trazer 

de volta ao campo, não só de maneira poética, mas como um 

produtor também.

Além disso, artisticamente falando, acredito que os muitos 

dissabores e algumas conquistas da vida acabam nos tornando 

pessoas mais maduras e, na maioria das vezes, menos vaidosas. 

Acredito que nos meus CDs anteriores testei os meus limites 

poéticos e musicais. Fiz experiências. Não sei se eu mudei pra 

sempre ou é só uma fase, mas não sinto mais necessidade de testar 

limites. Quero me comunicar. Quero cantar o belo, o amor, a 

natureza, o simples e, de preferência, com e para outras pessoas. 

Vale dizer que a maioria das canções registradas neste álbum não 

foram compostas com instrumento musical algum em minhas mãos, mas 

sim durante uma cavalgada ou uma caminhada pelas trilhas que 

cercam nossa pequena propriedade nos arredores de Sorocaba.

A verdade é essa: tornei-me uma pessoa do campo em toda a 

profundidade. Voltei a ser criador de cavalos mangalarga 

marchador como meu pai e meu avô eram. A música que faço não 

poderia ficar de fora.

Espero que vocês gostem de Cavalo do Tempo. Deixo pra vocês a 

faixa “Terra rasgada”, uma paráfrase da minha vida nos últimos 

anos. Abaixo, uma foto do meu pai, Renato Lanes Lima, aos 17 anos 

montando o marchador Guarani e meu avô, Arlindo Cardoso Lima – de 

quem herdei o nome – segurando o cabresto.





"Tamo" chegando...



Este é um espaço dedicado pra muita prosa cheia de causos,

coisas do campo, cavalos,  boa  música e claro, muitos amigos!

Puxa uma cadeira e sinta-se em casa!!